quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Black Cat


Conteúdo impróprio

...Provavelmente vou trocar de curso, fazer Medicina e seguir carreira militar em tropas de reforço em países com necessidades de intervenção da Cruz Vermelha. Aliás, vou ingressar na Cruz Vermelha como voluntária. Pessoas sem braços, sem pernas, sem família, sem olhos, sem dedos, sangrando, agonizando, pedindo por socorro, com problemas reais, confrontando-se com o terror de encarar a morte, a morte vista e sentida tão de perto. Talvez seja interessante.

Got a light?

Polly wants a cracker
Think I should get off her first
I think she wants some water
To put out the blow torch

Deal with FIRE

Which TF2 Class Are You? Quiz
I am Pyro - Play Free Online Games

O semeador

Certo dia um senhor passava em frente a uma pequena lavoura onde trabalhavam dois roceiros e ateve-se para observá-los. O trabalho daqueles dois homens consistia em: um cavava um buraco e outro, logo atrás, ia cobrindo as pequenas covas. O senhor achou aquela atitude muito esquisita e, por mera curiosidade, decidiu chamar a atenção dos dois homens que ali trabalhavam e perguntou a eles:
- Escutem, rapazes. Porque é que vocês passam o dia inteiro cavando e cobrindo buracos? Em minha concepção, isso soa absurdamente sem nexo.
Um dos roceiros tomou a frente e respondeu:
- Sem nexo para o senhor, senhor. É que estamos sem o semeador, ele é o segundo na fila. Este aqui - apontou o outro homem - cava os buracos, o semeador larga as sementes e eu preencho com terra.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

Eu, você e todos nós

Eu, você e todos nós
Martha Medeiros

Eu, você e todos nós estamos a procura de algo que ainda não experimentamos, algo que a gente supõe que exista e que nos fará mais felizes ou menos infelizes. Eu, você e todos nós tentamos salvar nossas vidas diariamente, e qual a melhor maneira para isso? Trabalhar e amar, creio eu, mas não é fácil. Os que não conseguem realizar-se através do trabalho e do amor tentam salvar-se das maneiras mais estapafúrdias, alguns até colocando-se em risco, numa atitude tão contraditória que chega a comover: autoflagelo, exposição barata, superação de limites, enfim, os meios que estiverem à disposição para que sejam notados. Eu, você e todos nós somos crianças das mais diversas idades.

Pedimos pelo amor de Deus que o telefone toque e que a partir deste toque um novo capítulo comece a ser escrito na nossa história. Fingimos que somos seres altamente erotizados e na hora H, amarelamos. Depositamos todas as nossas fichas amorosas em pessoas que não conhecemos senão virtualmente. Disfarçamos nosso abandono com frases ousadas e sem verdade alguma. O que a gente gostaria de dizer, mesmo, é: me dê sua mão.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Tristeza Permitida

A Tristeza Permitida
Martha Medeiros

Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como? 

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fight Club

Listen to me! You have to consider the possibility that God does not like you.

domingo, 17 de outubro de 2010

Ficha Limpa

Em relação ao tema Ficha Limpa, após exames dos votos dos Ministros do STF, qual a solução adequada para o caso? O método Gramatical foi o que gerou a referida indecisão? Quanto aos critérios Hermenêuticos, no caso, seria Teoria Objetiva ou Subjetiva? Justifique.

Dependendo da perspectiva a qual iremos nos ater para solucionar o caso Ficha Limpa, ela resultará em situações diversas. Observando-se pela ótica política, é um tanto quanto óbvio que este caso só não recebeu a devida atenção pelo simples fato de que não havia o interesse por parte dos envolvidos em resolver o impasse. A lei, o texto legislativo, foi levado em consideração apenas no momento em que foi conveniente para atrasar o prosseguimento deste feito. Portanto, a solução política foi distorcer a leitura da lei e prejudicar o cumprimento do dispositivo em questão.
Por outro lado, temos a solução jurídica – esta sim diz respeito ao impasse que estamos discutindo. Poderíamos, com pequena margem de erros, interpretar sistematicamente. De forma a elucidar o significado da interpretação sistemática, dispomos do seguinte conceito:

Qual a função da interpretação?

Da série: ensaios acadêmicos (falhos ou não).

Qual a função da interpretação?
No Direito, a interpretação tem por função principal explicar e trazer à tona o significado contido nos textos legislativos. Isto quer dizer que tais dispositivos servem para guiar o agente, dizer como e quando deve agir e sobre quem tem de fazer a lei atingir. A interpretação jurídica não se resume a pura e simplesmente produzir o sentido dos símbolos lingüísticos das normas, mas também busca analisar os fatos que são apreciados pela lei.
Existem muitas formas de interpretação: método gramatical, extensivo, restritivo, doutrinário, sistemático, histórico, sociológico, entre outros. Todos, de uma forma ou de outra, buscam explicar o significado gélido e de certa forma estático contido no texto normativo. É fato que as relações sociais modificam-se em rápida velocidade, mas também devemos analisar que um conjunto de normas não pode ser simplesmente alterado a cada novo caso concreto que se apresente perante um tribunal. Mas, por outro lado, a idéia de justiça é perseguida, sem dúvida alguma. É para esta consolidação, para atingir este patamar consensual que temos na interpretação uma de suas funções principais: buscar o que é justo.
Interpreta-se, também, buscando a igualdade, levando-se em conta princípios fundamentais como o da dignidade humana, de forma que esta ferramenta passa a transformar o campo inerte dos textos legislativos.

Autoria própria.

domingo, 19 de setembro de 2010

Random stuffs

Fight Club. Michael Jackson. Rock, paper, scissors, lizard, Spock. David Garrett. Old music. Super Nintendo. Tomb Raider II. Dinosaurs. Digimon. Darwin.

Favor: não perguntar porque diabos soltei essas palavras aleatórias. Apenas estão rodeando minha cabeça e eu decidi escrever.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Talk nerdy to me.

Pois às vezes essa é a única maneira de permitir que uma pessoa permaneça respirando e com todos os dentes dentro da boca, sem querer esganá-la.

Talk nerdy to me.

Ok. Que eu sou uma pessoa exigente pode até ser uma grande novidade, porque em geral eu costumo respeitar as diferenças e peculiaridades das pessoas à minha volta. Bom, isso simplesmente se deve ao fato de que eu não sou idiota e bem sei - ou imagino fortemente - quão diversas podem se tornar as personalidades mundo afora (OBS.: "mundo afora". Que expressão mais genérica).

sábado, 11 de setembro de 2010

There's (no) explanation

E eu só queria sair, correr, perder o fôlego, sentir, sentir os músculos estirarem de dor, o corpo que pede descanso, que anseia pela súbita parada, o momento, o momento de te ver, te ver por cima dos óculos, te ver, te ver por debaixo dos óculos, te ver, te ver através das lentes, as lentes corretoras do excesso na curvatura da córnea ou mesmo no alongamento do globo ocular, não, não sei dizer, não posso afirmar, mas apenas te ver, e por fim te tocar, te sentir, sentir, o momento que mais anseio, que mais sinto falta; miséria, é a miséria que sinto estando tão distante, mas de qualquer das formas não consigo me sentir só, és como uma luz, fluorescente, incandescente, talvez não haja boas e suficientes palavras que possam explicar o acontecimento, que possam sequer tentar esclarecer o quanto estou acompanhada em meio à tanta solidão; és a (in)segurança, és a fraqueza, és a dor, és a força, és o alívio, és o que dói e o que causa conforto, és o que quero, preciso, anseio, necessito, és felicidade, és tristeza. Talvez essa tenha sido a tentativa mais falha de todas de explicar o que o ser humano descobriu de maravilhoso e insensato e curioso dentro de si e chamou de amor; mas, esta é questão: o amor, a luz incandescente - ou fluorescente? - do amor, não se pode ver, nem tocar, nem comprar, nem vender, negociar, alienar, emprestar, ensinar, aprender. Dentro de todas as possibilidades de transações mais fascinantes e, por assim dizer, "interditadas" que acabam de ser citadas, ainda assim podemos - perfeitamente - sentir o amor.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Portal 2


"Look we've both said a lot of things you are going to regret, but I think we can put our differences behind us for science, you monster."

Potencialmente um jogo que muitas pessoas não jogaram, mas conhecem o final. Contém uma das piadas mais feitas no mundo dos gaems, e também uma das mais engraçadas e de efeito completamente infalível.

O gameplay que rolou na E3.

Em 2011, no Steam mais próximo de você. Em torno de $49,99.

By the way. We just ♥ it. We just ♥ Valve.


Anyway, this cake is great, ti's so delicious and moist... :3

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Exactly whom I'm supposed to be? ;D

Essa é a questão do dia: "exactly whom I'm supposed to be?". E não é um bom questionamento? Quer dizer, todos os dias nos deparamos com coisas, pessoas, situações, sentimentos e pressentimentos, ainda com sonhos e expectativas, que saber quem exatamente somos é uma pergunta um tanto deixada de lado. Às vezes me espanta como as coisas mudam rápido e eu até me pergunto, será que não sou eu quem fui ficando pra trás? Porque será que as pessoas não dão importância para quem realmente são? Porque ignoram de tal forma suas raízes, suas origens, seus antepassados (e, a propósito, isso fica claro se você falar dois ou três fatos históricos que remetam a uma aula propriamente de História da escola)?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Perguntas e Respostas

Status: 15% de HP.

E eu sempre penso comigo mesma: I don't care, I don't care, I don't care... E sempre digo e repito pra mim mesma: "só porque as pessoas não me amam/gostam como eu quero, não significa que elas não me amam/gostam o máximo que podem" (sintetizado de um texto de Shakespeare, casualmente correspondente ao que está logo abaixo, no rodapé do blog). Às vezes é simplesmente difícil acreditar em mim mesma, na minha capacidade, nos meus sonhos; às vezes é simplesmente difícil continuar vivendo.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dos Direitos e Garantias Fundamentais

Mais um texto da série "Ah, se todos os brasileiros tivessem ciência disto"... Não sei vocês, mas eu ainda acho que o meu país tem jeito. Deliciem-se com este verdadeiro tratado de cidadania... E cobrem estes Direitos e Garantias que, afinal de contas, são Fundamentais.


Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dos Princípios Fundamentais

Uma pequena pausa no que havia sendo publicado até então. Permito-me o comentário de que meu projeto anterior está se mostrando relativamente falho, frente aos objetivos por mim arquitetados antes de seu princípio propriamente. Obviamente eu não desisti, apenas adiei tal empreitada consideravelmente errônea...
Pois bem, perante tal post, devo dizer que estava eu pesquisando a Constituição Federal de 1988 (vigente em nossa Nação), e decidi colocar, para os registros apenas, os Princípios Fundamentais. Penso que se todo cidadão tivesse ciência disto, talvez tivéssemos um Brasil melhor. Sim, eu tenho esperanças de que um dia a situação mude, mas devemos começar do começo. Nada melhor que um dia após o outro; e deve-se levar em consideração que uma longa caminhada inicia-se com um pequeno e tímido passo.


TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Responder somente com trechos de musicas.

Querido Amaral! Primeiro de tudo, agradeço pela oportunidade de responder a essa questão. ^^ Eu dei uma olhada bem por cima dela no teu FormSpring, mas não tinha reparado que se tratava de responder às questões com trechos de música! :B

terça-feira, 20 de abril de 2010

Capítulo XIV - Sintonia

Como havia comentado, o quarto tinha bastante espaço. Das quatro paredes, uma de um tom escuro de azul, enquanto as outras três sustentavam a mesma brancura do teto. Alguns móveis guarneciam o ambiente: a escrivaninha marfim de Andrew, adornada com toda a sorte de livros e CDs e DVDs e miniaturas de personagens antigos; sua cama; um sofá de dois lugares, que permanecia eternamente cheia de seus pertences; dois puffs da mesma cor que a parede azul; uma guitarra preta, esquecida sem uso num dos cantos do recinto; um hack que sustentava uma televisão e, embaixo, um videogame; além de outras coisas que eu não dava muita importância.

Capítulo XIII - Atitude

Depois da refeição, nos dirigimos ao seu quarto. Andrew sentou-se na cadeira de sua escrivaninha e, como de costume, ligou seu computador. Eu, cansada, atirei-me em sua cama, também como era costume. Conversávamos sobre uma notícia que ele lera em um site quando ocorreu o silêncio. Fitou-me profundamente, suspirou - e uma grande reticência ficou no ar -, mexeu nos cabelos, ajustou a gola da camisa.

Capítulo XII - Ansiedade

- Mãe? Você está aí?
- Estamos sozinhos, mister?
- Pelo jeito, sim, mademoiselle.
- Está com fome?
- Estou, e você?
- Também. Vamos preparar alguma coisa ou pedir pelo telefone?
- Vamos ver... Minha mãe deixou pizza na geladeira e acho que temos chocolates, além de suco na geladeira... - Enquanto falava, foi verificando cada armário da cozinha. Eu, para variar, estava metida em tal busca.

Capítulo XI - Número 402

- Vamos para onde mesmo? - Perguntei, travessa. Mais uma vez sorrimos e, semi-abraçados, giramos nos calcanhares e nos dirigimos ao seu apartamento, que não ficava muito longe dali.

Capítulo X - Hesitação

As minhas divagações poderiam durar séculos, mas os nossos olhares cruzados tiveram pouco menos de trinta segundos para acabar. Andrew desviou, decidiu se importar com seu pé esquerdo. Isso me permitiu um sorriso, que ele não teve consciência de que existiu, e me fez retornar aos conceitos de homens incisivos... Gostei. Sacudi a cabeça e afugentei maiores reflexões.

Capítulo IX - Simples

E foi assim, nesta simplicidade, que nos tornamos "farinha do mesmo saco". Conversamos o dia todo, inclusive lembro de ter ligado para os meus pais, avisando que chegaria tarde. À época, ainda morava com minha família. Hoje, com meu suor, sustento um apartamento ligeiramente afastado do centro da cidade onde Andrew e eu costumamos colocar em prática nossa vida noturna.

Capítulo VIII - Princípio

Desde que nos conhecemos acredito que nos tornamos amigos. De certa forma, Andrew e eu sempre tivemos bons temperamentos; ele mais quieto, e eu mais enérgica. Ele mais relaxado, eu mais ansiosa. No começo até pensei que poderia ter alguma dificuldade com o fato de ele ser um ano mais novo que eu. Acho que não sei lidar muito bem com pessoas mais jovens. No fim das contas, percebi que isso não faria a menor diferença.

Capítulo VII - Elogio

Na verdade, esta história de sentir elogios é algo "muito meu" e ouso dizer que é "muito sério". Quando nossos olhares se cruzaram, pude pensar sobre isso com muita calma. Andrew encarou-me com tanta vivacidade e fome e ânsia e medo e vontade e ganas, consegui divisar bem o que era um elogio sentido e mudo. Estava ali, explícito - mas explícito para mim, e totalmente secreto para os poucos transeuntes do local -, já estava dito tudo aquilo que ele ainda não havia me falado.

Capítulo VI - Amendoados

Cheguei a meu destino e sentei na guarda do banco. Chamei Andrew para perto de mim. Sentou-se no lugar que tinha esse fim. Comentamos qualquer bobagem sobre o tempo. Meu amigo sustentava os braços nos joelhos, e as mãos amparavam a própria cabeça. Desci da guarda em silêncio, posicione-me à sua frente, de modo que nossos olhos se cruzaram.

Mergulhei naquele espelho, dei o passo a frente para o abismo.

domingo, 4 de abril de 2010

Capítulo V - Sutil

Voltando ao assunto, soltei o braço de Andrew e corri até o banco da praça. Obviamente ele não me acompanhou de imediato. Não porque fosse lento. Aliás, o seu raciocínio rápido e sucinto me fascinava. Mas não. Ele se permitiu ficar para trás para, enfim, me observar com toda vontade que tinha.

Sim, ele era assim. Um sacana, eu diria. Mas é, eu gostava que ele fosse desse jeito, tímido e reservado, que me "espiasse" sem escancarar. Além de odiar calor, sol e verão, eu também não gostava de homens com comportamento incisivo.

Capítulo IV - Ódio

Já falei de meus cabelos. Como na maioria das vezes, estava displicente, bagunçado. Sempre lisos, os fios negros nunca deixaram de rebeldia. Uma textura macia que eu consegui com certa dificuldade.

Até ali já havia falado de minha saia, mas agora que soltei do braço de Andrew e corri até o banco da praça, não posso deixar de lembrar o quanto os pilares de meu corpo chamam sua atenção. Por vezes o flagrei observando minhas pernas. Eu não o compreendo, pois pessoalmente não vejo graça alguma nelas. É claro que eu ri por dentro quando o vi deleitando seus olhos em minhas coxas. O engraçado é que sequer são modelos de beleza - bem, pelo menos não modelos dos padrões vigentes. Desde sempre tive a pele clara. Na verdade, branquela com todas as minhas forças. De começo, não tive escolha: ai de mim não fazer uso do bloqueador solar com maior fator disponível.

Capítulo III - Roxo

Em determinado momento, depois de algumas gargalhadas, fui me dar conta do que ele vestia para cobrir o tórax. Apesar de roxa, não era uma camiseta comum, mas uma camisa pólo, discretíssima. Minha cor predileta. Ele sabia disso, aliás.

Certa vez eu havia comentando que tal cor era representante dos loucos, doidos, insanos. Andrew perguntou-me o porquê. Na época não revelei. Não fiz questão. Talvez o achasse um pouco jovem para dar a resposta (ora, não seja por isso, eu também o era...). Desconversei. Talvez fosse hoje o dia em que ele iria descobrir. Ou não.

Capítulo II - Confiança

Curioso. Era curioso, embora fizesse de tudo para não admitir. E sempre teve muitas curiosidades relacionadas a minha pessoa. Eu bem sabia que ele as tinha, mas não fazia questão alguma de saciá-las.

Au contraire. Um de meus prazeres era fazê-lo um tipo de escravo de suas especulações. Deixá-lo instigado, deixá-lo aflito. Mas ele não demonstrava, o que quer que fosse.

De fato, passou-se muito tempo até que ele finalmente criasse coragem ou, quem sabe, eu conquistasse a sua confiança, para que ele enfim começasse a me contar suas particularidades.

Capítulo I - Curioso

Saiu Andrew enganchado em meu braço, vínhamos pela escura cidade passeando, os dois bons e velhos amigos. Ele vinha me contando seus segredos e, a bem da verdade, suas confidências amorosas...

Meus cabelos soltos, cobrindo um pouco da face. Saltos altos, ele até ria de mim, embora eu via em seus olhos que, mesmo interiormente, ele tinha de admitir que meus passos tinham certa leveza; havia uma delicadeza em minha postura, algo nas pernas sustentadas por aquelas "agulhas" era gracioso, atrativo, o deixava curioso.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Péssima de cálculo

- Saia.
- Não posso.
- Saia -, repetiu ela, desta vez com maior veemência e decisão, tentando omitir o medo incrustrado em sua voz.
- Preciso te explicar o que houve.
- Não quero explicações, Dionísio.
- Não me chame assim.
- É seu nome.
- Não importa, eu simplesmente não gosto dele.
- É de um deus grego -, disse ela, desta vez imprimindo um tom irônico à sentença
- Mas... Por favor, me escute, é urgente.
- Não há mais volta, querido.
- Por favor, me deixe falar um minuto.
- Então você não quer sair? - Perguntou a moça, em histeria.
- Não, eu quero ficar!
- Pois bem, entre e sente. Vou buscar um copo de água para nós dois.
- Obrigada pela consideração. Sempre soube que você voltaria atrás para me ouvir. Você não vai se arrepender disso.

Sem se aperceber de seus próprios movimentos, Dionísio adentrou o recinto de onde há poucos minutos sua amada o estava expulsando. Entrou, sentou no sofá. Estivera de pé, na porta de entrada, corpo exausto de insistência, exausto de um sentimento trágico e típico das pessoas que deixam a desejar às outras.

- Mas você vai... - Sussurrou a moça, que se dirigia à cozinha.
- O que disse?
Ele não havia escutado. Ela deu meia-volta e foi até a cozinha. Chegando ao recinto, se deu conta de seus mais íntimos planos. "O que estou fazendo?", sentiu uma frase azulada vindo de seu lado direito do cérebro. "Estou fazendo apenas o correto", recebeu em resposta, de seu rubro lado esquerdo.

Foi até a pia da cozinha, lavou as mãos, o rosto, o pescoço. Estava quente. Seu corpo ardia de uma excitação doentia. Jamais sentira-se tão viva em tantos anos. Não se sentia em seu auge da boa forma, mas sem dúvida neste momento estava. Deu-se conta de que seus pêlos da nuca estavam arrepiados. Decidiu afastar quaisquer vozes que estivessem pululando em seus ouvidos. E decidiu afastar quaisquer pensamentos titubeantes.

Pupilas dilatadas, como quem se prepara para uma guerra.

Fitou a gaveta da pia onde recém saciara o pedido de água de sua pele. Focava com certa displicência os modelos lustrosos de facas e garfos e colheres que se misturavam em harmônico caos.

Apurou os sentidos auditivos e perecebeu que Dionísio não manifestava nenhum tipo de reação, além da espera a que foi submetido.

Deu segunda meia-volta.
Dirigiu-se ao quarto.

"É, sem dúvida será esta a sua noite de glória, minha querida", disse a moça, com verdes olhos vibrantes por detrás de suas lentes de grau, observando uma célebre caixinha de música em cima de sua cômoda. Chegando mais perto, abriu, e retirou de dentro dela uma pistola Glock 28.

"Calibre 38. 90% de poder de paragem. Um prateado sedutor em pintura. Minhas iniciais marcadas em preto no cano", mentalizou, como quem faz lista de compras para um supermercado. Guardou-a no bolso do jeans que usava, discretamente.

Alguns segundos depois, que pareceram a eternidade, ela chegou à sala.

- Fale.
- Meu amor, eu...
- 30 segundos.
- Hã? Desculpe, não entendi.
- 25 segundos.
- Para que?
- Para explicações. 20 segundos.
- Eu não compreendo...
- 15 segundos - ela remexeu delicadamente em seu bolso, onde gavia guardado a dama que iria presidir aquela noite.
- O que você tem aí?
- 10 segundos. - Ela retirou a arma do bolso e apontou, sem erro, no meio dos olhos de Dionísio.
- O que você está...

Não houve tempo para maiores reações, ela sequer chegou a contar até zero. O tiro foi certeiro, incisivo, nada delicado, sem amor nem pudor. Ela já havia praticado antes em seus videogames. Ele sempre dizia que ela era ruim de cálculo, tanto para calcular timming ou miras.



Dionísio acertou em dizer que ela era ruim de timming.
Errou em dizer que a moça era ruim de mira.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Perdição

- Luísa, não me peça isso de novo.

Ela havia pedido novamente aquela canção. Ele estava sentado, cansado, obstinado a recusar; o piano pedia uma certa clemência.

- Só mais uma vez.

Ela o encarava com vivacidade, embora a recepção da imagem nos olhos dele fosse de uma pessoa debilitada.

- Só mais uma vez -, ela repetiu, com um pouco mais de força, com intenção de instigá-lo a tocar.

- Mas não entendo sua fixação por essa música, Luísa. Não vou entender.

- Não entenda - disse ela, - apenas toque-a para mim.

E ele tocou. Ela estava deitada em seu leito macio quando as notas melódicas advindas do piano ressoaram em seus delicados tímpanos. Teve ganas de gritar. Ela não confidenciava isso ao pianista, mas sentia terríveis ímpetos de vingança. Sentia ardores de levantar-se de sua condição "natural" e torcer pescoços, beber ácido sulfúrico, arrancar braços e martelar dedos. Um a um.

- O que desejas depois, Luísa? - Perguntou o conformado pianista, no momento em que executava uma parte estridente da partitura.

- Desejo dormir, querido. - Respondeu, com sua alma enaltecida pelo ódio.

- Está bem.

Então, tudo cessou. Sentiu um peso saindo de suas costas. Sentiu suas pernas, seus braços e seu tronco, não voltarem a se mexer, mas a se diluir, como em plasma. Cristal líquido. Gasoso com líquido sobre sólido. O pianista tocou sua canção, e Luísa ouviu seus últimos acordes.

Estava tudo terminado.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O que o Estado proporciona

Não leia, é um rascunho bobo e infatilizado, de alguém que acredita em uma sociedade onde as pessoas possam ser livres, já que acho possível cada um decidir sobre o que quer comprar, comer, beber, vestir, trabalhar, estudar, aprender, sentir.

O que o Estado proporciona ou, em tese, deveria proporcionar são os quatro principais pilares de toda decente sociedade: saúde, educação, segurança e justiça.

São quatro coisas que deveríamos receber do Estado. Toda a sorte de outros recursos o próprio ser humano deveria ser capaz de produzir sozinho para si mesmo.

Saúde é um direito de todos. O falho Sistema Único de Saúde está aí para nos dizer que há um projeto, ainda que mal-estruturado de princípios.

Educação é um direito de todos. Ainda que as escolas públicas sofram déficits anuais, com cortes absurdos em seus já pequenos orçamentos, com professores despreparados para ensinar alunos que ao menos têm incentivo para aprender.

Segurança é um direito de todos. As pessoas podem e devem ser assistidas de forma a serem previstos quaisquer tipos de perigos a que estajam expostas. Precisamos de um sistema que nos dê certa atenção, que dê a nós e a nossas família uma certeza de chegar em casa inteiro.

Justiça é um direito de todos. Independente de nosso grau de compreendimento a respeito dos danos a que fomos submetidos, todos precisamos de justiça. As pessoas ainda não sabem, mas o poder delas é imenso. Não sabem o quanto são tolas por se imaginarem uma única formiga no formigueiro. E de fato, uma formiga não faz nada. Mas seis bilhões de formigas podem sim fazer alguma coisa. Nem que seja atacar um bolinho gostoso no chão.

O que eu quis dizer é que o problema atual de tudo é a eficiência. Precisamos desenvolver sistemas básicos mais eficazes, que possam suprir estas quatro necessidades públicas. O resto é desenvolvimento contínuo, é desenvolvimento esperado. Reflita. Se tivéssemos boas escolas, teríamos bons pensadores, estaríamos transformando crianças em adolescentes conscientes, e transformando adolescentes conscientes em adultos verdadeiramente cidadãos, que reconhecem seus direitos e prezam pela moral e a ética verdadeiras.

OBS.: Ensaio falho. Desconsiderem, se necessário.

terça-feira, 9 de março de 2010

Jogos de poder

Jogos de poder são jogos onde há um determinado tipo de força, que para ser "saudável" (dentro dos limites psicóticos das pessoas loucas) é necessário haver certa paridade entre os praticantes. Resume-se em idéias satíricas, misturando ironia com a realidade, mesclando realidade e acidez, um pouco de afeto e até um certo rage.

Pessoa inferior me dá pena. Eu não costumo chutar cachorro morto. Por isso não consigo manter esse tipo de atividade com coitadinhos. É como se eu dominasse e pronto. E não tem tanta graça assim. Particularmente a graça não está no domínio, mas consiste em dominar e ser dominada, em estar no poder e, de alguma forma, cedê-lo e posteriormente recuperá-lo.

Pessoa superior "não existe". É como se ninguém pudesse ser maior em relação a tal, e apenas "inferior em relação a tal". Costumo respeitar as autoridades constituídas, como professores, advogados, médicos. Não vamos à aula, ao consultório médico ou de advocacia brigar, certo? Certo. Vamos aprender, seja Língua Portuguesa, como buscar nossos direitos ou como cuidar da nossa saúde.

Pessoas pares. São as melhores adversárias para o jogo de poder. Não existem pessoas iguais, é fato. Se tenho um amigo que entende muito de Matemática, provavelmente seu conhecimento será superior ao meu. O embate começa, se eu não gosto de perder. Geralmente eu iria carregá-lo ao campo da Física, e das teorias Quânticas, que na verdade pra mim são grandes especulações (não sei muito sobre isso). Na essência, ele saberá mais do que eu em Matemática, e talvez eu saberei mais do que ele em Física. Quem irá perder, quem irá ganhar? Particularmente isso não importa. Um exemplo clássico é:

- O que acha sobre o aborto, Bia?
- Acho errado.
- E o que mais?
- Errado e pronto!

Pronto mesmo! Acabou toda a discussão. A pessoa a quem Bia está dirigindo, no exemplo, bem percebeu que o assunto concluiu. E psicologicamente, ganhou-se o que? Não houverão especulações, Bia não aprendeu mais nada além de que o aborto é errado (e na verdade percebemos que ela nem ao mesmo está receptiva quanto a novos conhecimentos).

Logo, jogos de poder fazem bem para a mente humana. O ser que vive realmente aproveita a vida questionando. Porque o céu é azul? Porque a grama é verde? Porque todos temos a mesma forma, com mais ou menos diferenças entre nossas aparências? Porque existem doenças? Porque sabemos o que é certo e errado, e porque isso muda de cultura para cultura? Podemos discutir isso a noite toda. Talvez não chegaremos a lugar algum, mas os jogos de poder aguçam nossas percepções. Pessoas com baixo intelecto costumam associar dúvidas à burrice, e burrice à ignorância. Dúvidas estão entre as coisas mais prazerosas da vida. Não pense em dúvida como um tabu. Pense em dúvida como um excitante enigma a ser descoberto. E não fale em burrice - pobres bichinhos. Não pense em ingorância. Ignorância é quando a pessoa desconhece algo. A pessoa ignora que existam outros tipos de sapato e por isso veste apenas All Star. Isso não é feio. O feio, o errado, o patético e o recriminável, é quando a pessoa toma ciência do novo, do diferente, e tende a negá-lo, à moda de quem não quer ver a realidade, de quem não quer viver a vida.

E o melhor adversário é o que mais ou menos regula conosco. É aquela pessoa que está disposta a se confundir, a confundir o outro, que está disposta a tentar entender, e que está disposta a falar muito mais do que aquilo que a outra quer ouvir. Está disposta quem quer seduzir com as próprias idéias, mesmo que nem se dê conta disso; e que também deseja ser seduzido por novos pensamentos. E, sem falta, está apto aos jogos de poder aquele que não apenas quer ouvir aquilo que deseja - mas quer ouvir tudo o que seu interloucutor tem a dizer.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Conhecimento criminal

Porque não basta fazer sentido, ter coerência e coesão. Se você é um idiota, problema seu. Eu quero ser alguém na vida, estudar bastante. Pra ver se consigo diminuir a burrice que existe dentro de mim. Burrice é um termo pesado, eu sei. Então deixe-me embelezá-lo: só sei que nada sei. Quanto mais aprendo, mais quero aprender, à moda de quem nunca viu nada e agora quer ver tudo; à moda de quem nunca ouviu nada, e agora quer ouvir tudo; à moda de quem nunca soube nada, e quer agora saber de tudo. Afinal de contas, o meu crime não compensa...

Guarde o seu "feliz dia da mulher"

É, eu dispenso.

Primeiro de tudo, acho uma tremenda bobagem. Eu não preciso de um único dia pra fazer reflexões sobre minha posição como mulher, sendo que eu posso fazer isso todos os dias. E nem acho sequer necessário enfatizar isso para os quatro cantos. Ok, existe discriminação sim, existe preconceito sim, mas e pra quê hoje em dia não existe esse tipo de atitude vergonhosa? A falta de discernimento das pessoas cresce cada vez mais, e é tão patético porque nos encontramos em uma sociedade altamente informatizada. Parece que quanto mais temos a disposição, menos utilizamos com sabedoria. Vejamos o quadro brasileiro da mulher. Antigamente, a mulher não recebia o devido respeito, era tratada como inferior, ficava só dentro de casa, podia ser enganada e burra a todo custo. E se quer saber a verdade, hoje em dia é a mesma coisa. A diferença de ontem pra hoje é que hoje a mulher sabe disso, tem ciência disso. E igualmente não faz nada pra mudar. E pior que isso. Fica se vitimizando. Explicando seus motivos. Querendo ser a boazuda (e abro aqui um parêntese pra dizer que o ser humano é a única espécie onde a fêmea tem de ser mais bonita e tem de conquistar o macho. Em todas as outras, os machos são pomposos e quase morrem brigando pela fêmea). Não é feio se explicar, mas é ridículo se fazer de coitadinha. Motivos todos temos. Mas não faça de suas explicações como se você fosse um mártir. Isso não existe! Se fazendo de trouxa. Dizendo que recebe menos pela mesma função exercida na mesma empresa em que trabalha. Injustiça, sim! Crueldade, talvez! Mas e o que você vai fazer? Cruzar os braços! FRACA! Levante essa cabeça, trabalhe em dois empregos, gaste o excedente com seus cabelos, ou com suas unhas, ou junte dinheiro e faça uma nova faculdade! Viva! Não existe problema algum em se arrumar, em ser a que chama atenção na espécie! Existe problema em acomodar a respectiva bunda e esperar um marido que trabalhe! E pare de pedir máquinas de lavar roupas ou flores ou chocolates nesse dia idiota! Nessa data comemorativa que só pode ter sido feita pras pessoas gastarem seu rico dinheirinho!

Então, se vier me dar feliz dia da mulher.
Dispenso terminantemente.
Sou mais eu, arrogante e egocêntrica.
E fico com todos os outros 364 dias do ano.

sábado, 6 de março de 2010

Lembra quando fomos pra Triunfo?

Huhaushauhsuhausa! Eu não lembrava, mas agora que tu falou, consegui recordar. Aquilo foi fantástico, lembra de como estava o rio quando chegamos à beira, de madrugada? Parecia um abismo de névoa... Mas o "ai meu bucho" foi win. XD

quarta-feira, 3 de março de 2010

formspring.me

Se você um animal, qual escolheria ser?:3
Acho que um gato. Orgulhoso, irritante e independente. :3

Huahushauhsuahushua!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

formspring.me

Qual o seu maior medo, querida little troll?
 
Meu maior medo...? Essa é uma pergunta difícil de responder. Quer dizer, eu sou meio esquizofrênica ¬¬, tenho medo de muitas coisas, a maioria delas sem nexo. Eu até já respondi aqui no FormSpring que um dos meus medos é andar demais... E não conseguir voltar pro lugar de partida.

Mas eu sei que não é zoeira o que tu quer saber xD. Bem, eu tenho medo de perder as pessoas que eu amo. E não falo em morte especificamente, apesar de que medo disso é muito comum (já que é a nossa única certeza na vida). Mas eu falo no medo de perder o sentimento por elas, sabe? As pessoas que eu gosto podem me fazer sentir mal, ou me fazer muito mal mesmo, e no caso eu me afastarei delas, afinal eu não sou capacho... Mas o medo mesmo é de perder a capacidade de amar. E eu já me vi muito próxima disso e digo, a perspectiva de ficar sem sentimentos, ou melhor, a perspectiva de total renúncia aos sentimentos, me apavora. Não é algo que eu poderia evitar se de fato "viesse para ficar", certo? Certo. Mas eu faria questão de lutar contra isso; de lutar a favor do que eu acredito.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

formspring.me

C'mon... easy, easy! http://formspring.me/ATMyUe