terça-feira, 20 de abril de 2010

Capítulo VIII - Princípio

Desde que nos conhecemos acredito que nos tornamos amigos. De certa forma, Andrew e eu sempre tivemos bons temperamentos; ele mais quieto, e eu mais enérgica. Ele mais relaxado, eu mais ansiosa. No começo até pensei que poderia ter alguma dificuldade com o fato de ele ser um ano mais novo que eu. Acho que não sei lidar muito bem com pessoas mais jovens. No fim das contas, percebi que isso não faria a menor diferença.

Foi em uma biblioteca. Eu estava lá buscando o exemplar de um livro que acreditava ser fantástico e, por conta disso, precisei andar rápido para chegar até a prateleira onde ele se encontrava. Assim que pus a mão no último livro que a livraria possuía, eu, distraída, senti uma mão masculina, ligeiramente maior que a minha, repousar sobre a outra extremidade. Em um ímpeto defensivo, retirei a mão. Andrew achou graça, eu também. Decidimos por tomar um café ali perto.

O último exemplar do livro ficou esquecido na prateleira.

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