sexta-feira, 15 de junho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Há algum tempo atrás, um dos meus passatempos favoritos era falar sobre os meus gostos. Músicas, livros, filmes, jogos, enfim. Uma infinidade de informações desnecessárias, mas que de alguma forma serviam para reafirmar aquilo que compunha meu ser.

Não deixa de se tratar de uma manifestação iminentemente egocêntrica, mas como o indivíduo introspectivo que sempre fui, o intuito era positivo, de modo que eu podia conhecer a mim mesma de dentro para fora. Falando de forma tão simples é de fácil compreensão, mas nem todo mundo que eu conheço faz esse exercício de auto-conhecimento. Uma pena, na minha opinião.

Falo disso, hoje, por me pegar desprevenida pensando na vida. Lembrei do quanto gosto daquela sensação de arrepiar a nuca de quando você descobre uma música que te deixa seguro e agitado, ao mesmo tempo. Gosto do sentimento de poder mundar o mundo, mesmo que de forma alguma isso seja possível. Bom, considerando que o meu mundo existe apenas na minha cabeça e em algumas poucas manifestações expressas, faz algum sentido eu poder mudar o meu próprio planetinha. "Poucas" manifestações porque eu ainda prefiro o silêncio da dúvida quanto à vida, do que a expressão decidida de que tudo é menos do que a gente geralmente espera.



Gosto de receber um email, nem que seja com uma mensagem curta. Um sms é suficiente para me arrancar o sorriso, mesmo com conteúdo simples, como é o caso de um desejo de bom-dia.

Gosto do cheiro da chuva e de quando se arma aquele mega temporal, quando a Terra inteira parece tremer, característica típica de apocalipse. Adoro pensar na destruição como mais um passo nesse longo caminho chamado vida, que não possui outro fim senão a própria morte. Porque viver inclui a falta de vida; ao passo que o conceito de morte também pressupõe a ideia de vida.

Gosto de andar com os pés descalços e de vestir apenas uma camiseta como vestimenta. Gosto de sentar no sofá e ler um livro, sem levantar ou desviar a atenção por no mínimo três horas, initerruptamente. Gosto de fazer o meu próprio café preto e ficar sentindo o aroma do pó enquanto a água esquenta para essa finalidade.

Gosto de ficar só. De passear, de ir ao cinema, de ir almoçar, de assistir filmes e jogar videogame, sozinha. Gosto de pensar na minha vida, na vida dos outros, e de tentar compreender porque o mundo é do jeito que é. Nunca chego a alguma conclusão definitiva, e acho que não saber de tudo sobre a Vida, o Universo e Tudo o Mais me faz querer ficar por aqui mais tempo.

Pensamentos Esparsos - ?

Pessoas querem ser aceitas com base nas roupas que vestem, nos cabelos que têm, no dinheiro do banco, no número de objetos que detêm... E não se preocupam em formular e reformular ideias e conceitos. Se você quer ser levado a sério, demonstre isso por meio de expressão dos seus pensamentos, com opiniões contundentes. Não espere que alguém vá realmente te dar atenção, mas pelo menos valeu a tentativa.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Bored

domingo, 3 de junho de 2012

Ensaio Sobre a Esquizofrenia I

O maior problema da humanidade é que ela está cheia de gente.

Somos todos macacos pensativos, alguns mais e outros menos. Inventamos separações e com elas as discriminações vêm automaticamente, dividimos o bom do mau, o certo do errado, o legal do chato, o feio do bonito e, se não nos encaixamos em determinados tipos específicos, nos tornamos infelizes. Buscamos algo que nos faça infelizes porque ser livre, ser desprendido, é um fardo, a liberdade é pesada e tem sangue em seus ancestrais. Sangue, poeira, suor e lágrimas.

Nós inventamos que alguns de nós são especiais, e sofremos por não fazer parte desse grupo seleto. Nós nos impusemos ideais e, se não os seguimos, perdemos o rumo. Traçamos o caminho sem levar as migalhas de pão. Escondemo-nos por detrás de máscaras e fingimos ser quem não somos. O medo da exclusão, o medo solidão.

Nem todos são especiais.

Nem todos são completos.

Nem todos querem ser especiais. Nem todos querem ser completos.

(...)

Não vou insistir em algo que não me faz bem, não vou sofrer pelo mesmo erro de novo. "Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos alcançar, se não fosse o medo de tentar". Certo? Errado. Dúvidas são necessárias e pré-requisitos mínimos para uma existência, não há nada que possa ser feito porque quando "o Universo" encasqueta com alguém ele não deixa barato. Não, não há surtos psicóticos por nenhum lugar, todo mundo é perseguido por algum medo ou aflição independente de cor, raça, sexo, etnia. Todos temos os nossos carmas, e só os seus detentores podem compreendê-los e lidar com eles.

Insistir por atenção? Não.