quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Mais um ano passou... E parece que o saudosismo nunca me largou de mão, porque volta e meia me pego pensando nas coisas que aconteceram e bate uma saudade louca, aquela vontade de voltar no tempo e viver mais um pouquinho. Mas não dá, obviamente, e isso só serve pra reforçar mais ainda a ideia de que cada momento é único, e é muito importante dar um passo de cada vez e aproveitar bem o momento em que se vive.

Fiz muita coisa em 2014. Foi um ano que começou de forma bem desagradável, pra dizer a verdade. Eu não esperava nada desse ano, por sinal. E talvez por ter partido de uma premissa tão desanimadora que eu me diverti tanto - por não ter esperado nada.

Tive uma viagem incrível a Belo Horizonte, visitando os meus amados amigos de longe e passando um tempo bacana com pessoas que eu gosto muito. Esse sem dúvida foi o ponto mais alto do ano, que aconteceu em julho e serviu pra virar a minha cabeça de uma maneira que ela jamais voltou a ser o que era. Sinto muito orgulho de poder dizer que desconstruí muitos conceitos antigos nessa viagem.

Fiz amizades incríveis. Não é como se fosse "o ponto alto do ano", porque foram várias pessoas, então foram vários momentos em que estive nas nuvens com pessoas maravilhosas, dispostas a me aceitar como sou e a conviver com minha esquisitice, no matter what.

Aprendi muita coisa esse ano. Aprendi que nem sempre é possível manter relações com as pessoas que tu mais gosta no mundo porque, afinal de contas, o mundo não é sequer remotamente justo, e tem momentos em que a gente quer morrer por abandonar essas pessoas que amamos, mas não adianta, é assim mesmo. Aprendi que, às vezes, a melhor coisa que você pode fazer por uma pessoa... é deixá-la "se foder". É preciso aprender, é preciso evoluir e, em dadas situações, ser um amigo muito reconfortante não é exatamente o que a pessoa precisa. Então, melhor dar o back off.

Eu também aprendi sobre respeitar, mais ainda, as diferenças. Há certas coisas no mundo que, à mera menção, ferem as pessoas; e é importante que a gente se conecte com essas pessoas pra que a gente as compreenda, e possa respeitá-las de forma adequada. Aprendi sobre como é importante estar conectado com seus sonhos porque isso abre as portas necessárias para realizá-los.

Aprendi que nem tudo é sobre correr atrás. Às vezes, quando você menos espera, tem para si aquilo que desejou por muito tempo e, na ânsia de alcançar, esqueceu que a graça reside no caminho que se persegue. Let it go.Também me dei conta de que as coisas que nos pertencem acabam sempre voltando pra gente no final, talvez nem sempre da forma como esperamos. Mas essa, meu amigo, é uma lei imutável do Universo - e se algo não voltou pra você, é porque o fim ainda não chegou.

Percebi que a felicidade reside, de fato, nas pequenas coisas. Aprendi sobre mim, e notei que nada no mundo me deixa mais feliz do que uma mesa rodeada de amigos e sorrisos. E, ainda sobre mim, percebi que a amizade é a coisa que mais prezo na existência humana, e nada está acima disso.

Aprendi que a injustiça embala meus sonhos de liberdade e de igualdade, e que não vou sossegar enquanto não tornar o mundo um lugar um pouquinho melhor. Nada me tira da cabeça que trabalhar por dinheiro é um mau negócio, e decididamente não faz meu tipo. Nesse sentido, 2014 foi um divisor de águas, porque foi o ano em que eu finalmente expus esse desejo íntimo, esse ideal pessoal: eu não estou à venda. As pessoas podem, sim, ser incorruptíveis, e eu faço parte desse grande grupo de pessoas que reconhecem seu próprio valor.

Bom, eu ainda não sei o que esperar de 2015... Honestamente, acho que não vou esperar nada. Funcionou da última vez, né!?