quarta-feira, 27 de abril de 2011

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Dizem que uma imagem demonstra mais que mil palavras... Pois bem.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Processo Legislativo Prolixo

Bom dia! Tenham um bom dia!

Enfurnada, pra variar, no LabIn (para quem não sabe, aqui na ULBRA chamamos o Laboratório de Informática assim), pesquisando "coisinhas". Acabei de ter uma grande ideia e eu espero que dê certo. Na aula de quarta-feira, minha cadeira de Direito Constitucional II, o professor deixou em aberto um convite para quem quisesse escrever e posteriormente publicar artigos na revista da universidade. Obviamente eu topei, porque eu sou metida, e porque eu acho que há um grande potencial envolvido nisso - não estou muito preocupada com o artigo em si, mas mais me importa a diversão em questão. Creio que uma pesquisa "extraclasse" será interessante. Em todo o caso, a ideia que eu tive foi em relação ao assunto: pensei em escrever sobre um projeto de lei, no mínimo ridículo, que tramita no Senado. Felizmente a babaquice está bem parada, tendo sido inicialmente proposta em maio de 2006. Mas vejamos onde vai acabar essa lambança. Ah, o assunto do projeto de lei? Saca só a indexação:

ALTERAÇÃO LEI FEDERAL, DISPOSITIVOS, FIXAÇÃO, DEFINIÇÃO, CRIME, FABRICAÇÃO, IMPORTAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, MANUTENÇÃO, DEPÓSITO, COMERCIALIZAÇÃO, MATERIAL, JOGOS DE VIDEOGAMES, CONTEÚDO, OFENSA, DISCRIMINAÇÃO, COSTUMES, TRADIÇÃO, POVOS, RAÇAS, CULTO, CREDO, RELIGIÃO, SÍMBOLOS, COMPETÊNCIA, MINISTÉRIO PÚBLICO, DETERMINAÇÃO, BUSCA, APREENSÃO, MATERIAL, CIRCUNSTÂNCIAS, DESAPARECIMENTTO, DESTRUIÇÃO, CARACTERIZAÇÃO, TRÂNSITO EM JULGADO, CORRELAÇÃO, CONDENAÇÃO, AGENTE, INFRATOR, APLICAÇÃO, PENALIDADE, MULTA, RECLUSÃO, PRAZO DETERMINADO.

Fonte: Atividade Legislativa - Projeto de lei do Senado nº 170/06

Sim... O assunto é "videogames"... Tendo sido revivido por alguns sites e blogs que tratam, em geral, sobre games, para expressar a estupefação em relação às notícias controversas e absurdas que rodaram a mídia nos últimos dias por conta do massacre ocorrido no Rio de Janeiro. Pesquisem e observem a prolixidade envolvida, leiam e pasmem, minha gente! É, estamos decididamente longe de algo produtivo nesse sentido.

Cito, para fins de ilustração, Pedro Burgos:
(...)  Mas isso faz parte da democracia. O que não nos tira o direito de achar tudo meio estúpido, de qualquer forma. (...)

domingo, 17 de abril de 2011

Sunday Bloody Sunday

Não, todo domingo não é mais ou menos a mesma coisa. Todo domingo é decididamente a mesma coisa. Parece que tudo o que não tem necessidade no domingo acontece: as ruas lotam de pessoas idiotas com seus carros tocando aquelas coisas horrorosas que elas supõem serem músicas; os servidores do jogos online estão abarrotados de garotinhos enchendo o saco; os supermercados estão entupidos de pessoas comprando mantimentos, que aliás deveriam ter feito isso há décadas; a televisão exibe os piores programas com os assuntos mais ridículos e radicalistas possíveis; os aparelhos de celular não funcionam, a internet cai, chove, ocorre queda de energia, ou então está um calor absurdo e é impossível parar dentro de casa; e, inevitavelmente, sempre há uma grande quota de compromissos pra semana seguinte. E o que a gente faz? Senta, já que não tem nada pra fazer, e começa a pensar nessas porcarias, servindo só pra deixar o sujeito mais indignado. Em suma, eu odeio domingos.

Mas, sabe, talvez pudéssemos transformar o domingo em algo melhor. Desligar a televisão, esquecer o supermercado, abaixar o som - domingo não é dia de fazer festa, precisamos entender isso. Domingo, não me interessa qual seja a sua opinião filosófica, religiosa ou política sobre isso, é dia de descansar. No sábado a maior parte das pessoas ainda está muito ativa em decorrência da semana que mal acabou, mas domingo é dia de dar uma folguinha: pros ouvidos, pros olhos, pro corpo - não só o seu, mas o dos outros também. Eu tenho direito de estar em casa e não ter de ouvir o mais obsceno dos funks a duzentos milhões de decibéis, tão alto que parece estar vindo de dentro de mim; eu tenho o direito de ir ao supermercado comprar dois pãezinhos e não ficar dez dias na fila, atrás daquele cara que está fazendo as compras do mês, suando e espraguejando os atendentes atrás do balcão. Tenho o direito de sentar e relaxar um pouco, planejar sem raiva a próxima semana, sem querer ou sem morrer só de pensar nos próprios problemas.

Eu voto por sossego! E tenho certeza de que o meu voto conta muito.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Da série: Epifanias no Trabalho

Desde criança eu fui uma pessoa que teve de fazer muitas escolhas. Sempre muito sensível, acabava por sentir demais as coisas que me cercavam, e por diversas vezes tive de escolher entre cair de cama, na mais pura solidão - acreditem-me, eu fui uma criança assim - ou, sorrir, aceitar que existem desigualdades e injustiças e lutar por elas. Conhecendo o próprio campo e o campo do inimigo, você pode desconbrir coisas interessantes. E, também, isto vai clarear a sua decisão quando você tiver de escolher entre se entregar à plena tristeza ou seguir em frente, dando às pessoas que te amam, no mínimo, a certeza de que você quer que as coisas aconteçam da melhor forma possível. Isso ajuda muito.

Quando criança eu queria ser "cientista". Eu não sabia o que isso queria dizer, mas eu queria explorar o corpo humano, o espaço sideral e o Planeta Terra, descobrir cura para doenças e a extinção da fome e também como se viajar através das Galáxias, descobrindo, enfim, se havia alguém "lá fora" (intimamente eu, de alguma forma, sabia que bastava procurar no lugar certo - eu sabia que havia). Além do que, aliás, eu também queria encontrar uma forma de implantar esse tipo de incentivo à educação, porque mais uma vez intimamente eu sabia que estava recebendo menos na escola do que eu, em tese, deveria receber. Sempre tive na cabeça que se vai à escola para estudar, mas como? Como, se eu, com essa mentalidade era taxada de "nerd" e "cdf"? E mais importante, será que era mesmo ruim ser "nerd" e "cdf", será que não haviam me condicionado a acreditar que aquilo era algo ruim, sendo que na verdade não era?

Em todo caso, aos quatorze eu decidi cursar Direito. "Pai, eu acho que é o que mais se encaixa com as coisas que eu quero", posso lembrar das minhas palavras como se fosse hoje, passados mais de cinco anos. Eu não tinha propriamente uma grande noção daquilo que eu estava dizendo no momento, mas muito em meu particular eu sabia que aquilo podia dar muito certo. Enquanto isso, eu havia percebido que, quando criança, eu queria na verdade ser Carl Sagan, uma espécie de físico-astrônomo-teórico-cantor (esse último é brincadeirinha), para encantar e inspirar gerações de pessoas que fossem justamente como eu e compreendessem o que ele diz.

Estudar, no fim das contas, sempre foi o meu grande sonho. Claro que para cuidar de todos os problemas que citei de quando era criança aos quais eu queria encontrar uma resposta, eu deveria fazer mais de uma graduação e obviamente ser mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Contudo, eu bem sei que abraçar o mundo com os próprios braços é um grande fardo, e se você deixar um pedacinho de lado as pessoas vão apontar e falar de você, pelas suas costas ou mesmo na frente. Aqui vai uma dica: nós sempre estamos precisando abraçar o mundo, mas nós nunca poderemos. E eu me dei conta disso muito cedo, muito mais cedo do que outras crianças e do que pessoas adultas, dentro do conceito padronizado de "maturidade segundo a idade que possui".

De outra banda, decidido o meu curso, foi algo que eu consegui, muito mais empírica e intuitivamente do que faticamente perceber que era algo que eu me daria muito bem. Como eu soube, como eu sei? Eu não sei, eu não soube; eu apenas quis. Notei que qualquer coisa que você quisesse fazer e fizesse com amor, dedicação e tesão, sim, tesão!, duplo sim, você seria capaz de fazer.

Não há grandes barreiras no mundo para as pessoas que querem fazer alguma coisa por si e, consequentemente, pelos outros. Você vai encontrar obstáculos, certamente, mas com um pouquinho de esforço e empenho eles serão derrubados, barreira após barreira. "Com a força de mil sóis" você será o guerreiro; não o guerreiro que o apresentador Pedro Bial costuma anunciar em programas como o Big Brother Brasil, onde você fica confinado três meses da sua vida, comendo, bebendo, malhando, falando mal dos outros pelas costas, tirando umas férias da sua vida e das suas contas, não, absolutamente não. Estou falando do tipo de guerreiro que deita de noite na cama e sente a mente tranquila, porque não passou a perna em ninguém e não quis se dar bem às custas dos outros. O guerreiro que deu duro o dia todo, e não estou excluindo o trabalho ou estudo disso, mas não apenas falando sobre esse tipo de função. Sobre tudo. A dona-de-casa que cuidou da organização do lar, o grande empresário, o servidor público, o gari, o ator, o estudante, não importa muito o compromisso, qualquer que seja ele, pois todos precisam ser feitos.

Em resumo, lutar. Levantar a cabeça e ter a certeza de que está fazendo a coisa certa, não sem antes pensar muito a respeito e refletir quais as consequências dos próprios atos. Assumir posturas, assumir responsabilidades - não ter medo de uma entrevista de emprego, de uma prova, de uma pessoa, de um relacionamento -, enfim, procurar fazer o melhor possível em todas as ocasiões, sem pisotear, diminuir ou aniquilar a liberdade e os direitos alheios.

domingo, 3 de abril de 2011

A small note

Hey, Yue, refrain, don't carry the world upon your shoulder!




There's nothing you can do that can't be done... Nothing you can sing that can't be sung...
 Nothing you can say but you can learn how to play the game...
It's easy! ;)