quinta-feira, 30 de junho de 2011

Às vezes

Às vezes dá preguiça de viver. Às vezes, de respirar. De comer, de andar, de estudar, de ler. De ler não muito, confesso. Às vezes não quero ler o que tenho de ler, mas quero outra coisa que não tem nada a ver.

Isso me faz pensar que o ser humano é, de fato, e de forma inerente, muito insatisfeito. Temos vontades que não exatamente podemos suprir pelo simples motivo de que, determinadas vezes, nem sabemos do que se trata realmente. É algo que me deixa meio entediada, de qualquer jeito, saber que somos efêmeros, relativamente findáveis e, por sua vez, chatos incorrigíveis.

Me sinto um pouco perdida no mundo, detesto ter certas coisas muito firmes em seu lugarzinho. Isso me faz sentir pessoinha, pequenininha, miudinha, um bocadinho de ser humano, detesto ser este pouquinho. Detesto o pouquinho quando se trata da alma humana. Temos todos os tipos de limitações (por idade, por físico, por tabus a nós impostos a todo instante), mas a nossa mente é livre e infinita, diferentemente do nosso corpo que, por exemplo, não pode voar nem ficar invisível. Que pena.

Adoraria poder voar. E ficar invisível. Seria muito legal. Bom... Talvez os dois ao mesmo tempo. Mas invisível, sempre.

De qualquer forma, gosto das mudanças. Claro, algumas coisinhas você precisa de ter certo nos lugares. Mas, por favor, não me venha com "conduta de bem". Não, não. O mal às vezes é necessário, é bom ser ruim às vezes, às vezes precisamos ser maus, dizer "não", negar o preconceito, negar a inveja, negar a traição, negar a preguiça, negar o comodismo, negar as injustiças e lutar contra elas.

Às vezes acho que sou meio irrelevante.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

E-mail dos campeões

Me safei é bom!

haha
2 cadeiras a menos xDDDD

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Stephanie Cunha
Estagiária de direito da Comarca de Cachoeirinha


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De: Luana Ramos Vieira
Enviado: quarta-feira, 29 de junho de 2011 14:44
Para: Stephanie da Cunha Soares
Assunto: Civil II!


Olha no site a nota!!!
https://memphis.ulbranet.com.br/pls/ulbra24/AAmain.login
Me safei!!!


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Luana Vieira
4ª Vara Cível da Comarca de Cachoeirinha/RS
Science is the poetry of reality.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

I'm being so sincere right now

Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo.

Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. Goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!

Martha Medeiros

Madness


Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a idéia, mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia.

domingo, 19 de junho de 2011

Are you still there?

 
A game for those who seek to find
a way to leave their world behind

sábado, 18 de junho de 2011

En for orgelet, en for meg

Há sempre uma grande distância entre o que as pessoas imaginam sobre você e o que você supõe sobre si mesmo. O desgastante, às vezes, é que há muito mais do que um oceano de diferenças nas opiniões. Eu gostaria de escrever, mas não sei exatamente sobre o que. Alguma coisa está deliberadamente fora do lugar.

Em alguns momentos eu penso que boa parte de mim se perdeu e que a cada dia que passa se torna mais difícil chegar a um consenso sobre quem eu sou e onde eu estou. Passo a me questionar se isso realmente importa. Não sinto mais como a minha casa seja o meu "ponto de encontro", embora, sem dúvida, ela seja como uma fortaleza para mim. Não consigo mais achar um lugar fixo, é como se eu pertencesse à toda terra, à todo chão ao qual eu pisar, sinto como se eu fosse uma cidadã do mundo e, até mesmo por causa disso, de forma depressiva, sinto como se não fosse de lugar nenhum.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tumor i ditt hjerte


If I did have a tumor, I'd name it Eddie. 
 

And tore me to pieces

Às vezes perdemos pessoas, mas o maior mal consiste em perdemos a nós mesmos, pois nos perdemos aos poucos, vamos deixando de lado, pelo caminho. Quando nos encontramos não sabemos a qual dos pedaços devemos dar ouvidos.

domingo, 12 de junho de 2011

Capítulo 7 - O Delírio

Do you think every thing you're supposed to think?

Às vezes tenho a infeliz impressão de que as pessoas utilizam diferentes mecanismos para manifestar uma auto-afirmação que, na verdade, se mostra absurdamente desnecessária. Dezenas de fotos, frases, nomenclaturas, posturas, atitudes e conversas que não fazem o menor sentido, tudo para não parecer "pouquinho". O chato é que, no fim das contas, isso acaba fazendo com que elas pareçam muito menos do que elas realmente são. De certa forma esse tipo de coisa me deixa meio triste. Ou entediada. Não sei bem dizer. Entedia-me saber que já não se dá mais valor ao que somos aqui, do lado de dentro, que só o que importa é o que parece que somos. Enfastia-me sentir que estão mais preocupados com aquilo que está aparecendo pelo lado de fora, e que isso vai se deteriorar com o tempo, e que nada na minha aparência vai durar muito tempo e isso se durar. Não posso prever por quanto tempo mais vou permanecer por aqui, não posso ser prepotente e querer apenas ser uma coisinha que agrada aos olhos alheios, não posso ser hipócrita e acreditar que o meu exterior conta. Não posso acreditar no que os meus globos oculares míopes enxergam em sites de relacionamento, pessoas esbanjando momentos que ao menos lhe pertencem, que são tão efêmeros quanto a rajada de vento, tão passageiros quanto o sorriso que aparenta ser feliz. Aparenta, eu disse. Um sorriso que esconde mentalidades com conceitos deturpados sobre a realidade, mas que realidade? Eu sei, existem muitas realidades e eu gosto de imaginar a realidade em camadas, de modo que o máximo que podemos é apenas circundá-la em seu cerne, jamais penetrando-o objetivamente. Enfastia-me explicar os motivos da minha felicidade, me entedia saber que por mais feliz que eu possa estar, sempre haverá alguém que eu não gosto, para me cobrar alguma coisa que eu não quero fazer e que eu supostamente já deveria ter feito.

Stop the excessive shopping and masturbation.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Parêntese de um epilético

Não te irrites se te pagarem mal um benefício:
antes cair das nuvens, que de um terceiro andar.

M. de Assis