domingo, 4 de abril de 2010

Capítulo IV - Ódio

Já falei de meus cabelos. Como na maioria das vezes, estava displicente, bagunçado. Sempre lisos, os fios negros nunca deixaram de rebeldia. Uma textura macia que eu consegui com certa dificuldade.

Até ali já havia falado de minha saia, mas agora que soltei do braço de Andrew e corri até o banco da praça, não posso deixar de lembrar o quanto os pilares de meu corpo chamam sua atenção. Por vezes o flagrei observando minhas pernas. Eu não o compreendo, pois pessoalmente não vejo graça alguma nelas. É claro que eu ri por dentro quando o vi deleitando seus olhos em minhas coxas. O engraçado é que sequer são modelos de beleza - bem, pelo menos não modelos dos padrões vigentes. Desde sempre tive a pele clara. Na verdade, branquela com todas as minhas forças. De começo, não tive escolha: ai de mim não fazer uso do bloqueador solar com maior fator disponível.



Mais pra diante, decidi assumir a descendência do "estilo genético europeu". De fato, sempre detestei calor desde que me tornei um aglomerado de células moderadamente auto-suficiente. Ou seja, desde que me entendo por gente, sempre odiei calor, sol, verão e afins.

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