quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Black Cat


Conteúdo impróprio

...Provavelmente vou trocar de curso, fazer Medicina e seguir carreira militar em tropas de reforço em países com necessidades de intervenção da Cruz Vermelha. Aliás, vou ingressar na Cruz Vermelha como voluntária. Pessoas sem braços, sem pernas, sem família, sem olhos, sem dedos, sangrando, agonizando, pedindo por socorro, com problemas reais, confrontando-se com o terror de encarar a morte, a morte vista e sentida tão de perto. Talvez seja interessante.

Got a light?

Polly wants a cracker
Think I should get off her first
I think she wants some water
To put out the blow torch

Deal with FIRE

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O semeador

Certo dia um senhor passava em frente a uma pequena lavoura onde trabalhavam dois roceiros e ateve-se para observá-los. O trabalho daqueles dois homens consistia em: um cavava um buraco e outro, logo atrás, ia cobrindo as pequenas covas. O senhor achou aquela atitude muito esquisita e, por mera curiosidade, decidiu chamar a atenção dos dois homens que ali trabalhavam e perguntou a eles:
- Escutem, rapazes. Porque é que vocês passam o dia inteiro cavando e cobrindo buracos? Em minha concepção, isso soa absurdamente sem nexo.
Um dos roceiros tomou a frente e respondeu:
- Sem nexo para o senhor, senhor. É que estamos sem o semeador, ele é o segundo na fila. Este aqui - apontou o outro homem - cava os buracos, o semeador larga as sementes e eu preencho com terra.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

Eu, você e todos nós

Eu, você e todos nós
Martha Medeiros

Eu, você e todos nós estamos a procura de algo que ainda não experimentamos, algo que a gente supõe que exista e que nos fará mais felizes ou menos infelizes. Eu, você e todos nós tentamos salvar nossas vidas diariamente, e qual a melhor maneira para isso? Trabalhar e amar, creio eu, mas não é fácil. Os que não conseguem realizar-se através do trabalho e do amor tentam salvar-se das maneiras mais estapafúrdias, alguns até colocando-se em risco, numa atitude tão contraditória que chega a comover: autoflagelo, exposição barata, superação de limites, enfim, os meios que estiverem à disposição para que sejam notados. Eu, você e todos nós somos crianças das mais diversas idades.

Pedimos pelo amor de Deus que o telefone toque e que a partir deste toque um novo capítulo comece a ser escrito na nossa história. Fingimos que somos seres altamente erotizados e na hora H, amarelamos. Depositamos todas as nossas fichas amorosas em pessoas que não conhecemos senão virtualmente. Disfarçamos nosso abandono com frases ousadas e sem verdade alguma. O que a gente gostaria de dizer, mesmo, é: me dê sua mão.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Tristeza Permitida

A Tristeza Permitida
Martha Medeiros

Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como? 

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.