sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Talk nerdy to me.

Pois às vezes essa é a única maneira de permitir que uma pessoa permaneça respirando e com todos os dentes dentro da boca, sem querer esganá-la.

Talk nerdy to me.

Ok. Que eu sou uma pessoa exigente pode até ser uma grande novidade, porque em geral eu costumo respeitar as diferenças e peculiaridades das pessoas à minha volta. Bom, isso simplesmente se deve ao fato de que eu não sou idiota e bem sei - ou imagino fortemente - quão diversas podem se tornar as personalidades mundo afora (OBS.: "mundo afora". Que expressão mais genérica).


Mas, não posso negar. Uma boa argumentação precisa, primeiro de tudo, de coerência. Ela não precisa ser imediatamente precisa - como dois e dois são quatro -, mas pode ir sendo construída aos poucos. Bom, é óbvio que estou falando de argumentos em conversações cotidianas. Em uma palestra onde tem o palestrante no mínimo que saber de tudo sobre o assunto, por exemplo, não cabe titubear o raciocínio.

Certo, isso poderia levar à - errônea - conclusão de que eu sou uma verdadeira chata. Bom, que eu sou chata é verdade, mas, digo, eu realmente gosto de conversas cotidianas com conteúdo. Não é porque estamos admirando estrelas de mãos dadas, em um momento romântico, que não cabe comentar que a maioria delas já não existe maise, e o que vemos é apenas a sua luz. Ou então, não é porque estamos contemplando o pôr-do-sol que não se deve salientar que a luz solar demora em torno de oito minutos para chegar ao Planeta Terra.

Retomando, primeiramente a argumentação precisa de coerência. É necessário que haja: ou um conhecimento prévio, ou uma explanação sobre o assunto. É uma árdua tarefa argumentar sobre coisas das quais não temos ciência.

Segundo, é necessário interesse. O exercício da lógica - inerente à boa argumentação - não pode ser descompromissado. Em geral, pessoas tendem a dominar temáticas que gostam mais, em detrimento de outros assuntos que não têm tanta sede de conhecê-los. Acontece que isso talvez não seja inteira culpa delas, gostar ou não de determinada "disciplina": muitas vezes nos é repassado determinado campo do saber sem o devido cuidado. A Matemática nas escolas, por exemplo. Difícil que quem já não tenha uma facilidade prévia com números venha a se apaixonar por eles. Também não que seja culpa dos professores - todo o sistema já possui lacunas que não convém citar no momento.

Pois bem. 

Como qualquer ser humano, nem sempre eu vou conhecer ou mesmo dominar todos os "campos do saber" - Biologia, Física, Química, Filosofia, Matemática, Linguagens -, mas eu simplesmente prefiro ser tratada assim. Se eu não sei? Pode explicar. Se eu sei? Explique novamente, pois eu garanto que poderemos trocar informações valiosas a respeito.

De qualquer das formas, talk nerdy to me.

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