terça-feira, 20 de abril de 2010

Capítulo VI - Amendoados

Cheguei a meu destino e sentei na guarda do banco. Chamei Andrew para perto de mim. Sentou-se no lugar que tinha esse fim. Comentamos qualquer bobagem sobre o tempo. Meu amigo sustentava os braços nos joelhos, e as mãos amparavam a própria cabeça. Desci da guarda em silêncio, posicione-me à sua frente, de modo que nossos olhos se cruzaram.

Mergulhei naquele espelho, dei o passo a frente para o abismo.

Ele não tinha as cores mais raras nas íris, mas possuía um tom assustadoramente amendoado nos olhos, abusivamente profundos, propositalmente atraentes. Eu, trazia o verde nacional estampado em torno das pupilas e, com esta nuance, já havia recebido elogios. Na verdade, eu preferia sentir o elogio.

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