domingo, 9 de abril de 2017

I am glad to be back

Às vezes a gente passa tanto tempo com uma sensação ruim… Não é culpa nossa, sabe. Existem paradas químicas rolando no cérebro da gente, coisa pesada que nosso próprio organismo produz, ou não produz como deveria, e que deixa a gente “meio” pra baixo. Essas sensações se alongam pelos anos, a gente vai empurrando da maneira que dá, como pode, e nem sempre essa é a melhor maneira de encarar isso, mas é como a gente consegue. Depois de tantos anos, livre desses padrões inalcançáveis que nos sufocam, sentir algo genuíno, puro…, parece que ser feliz sem uma razão específica é algo como um milagre, como uma bênção. Bom, eu não acredito – nem em bênçãos e nem em milagres, acho que o que ainda não conseguimos explicar não é simplesmente inexplicável, não, eu acho que a gente ainda não encontrou os motivos. As razões. As explicações.


Nós tentamos, de todas as maneiras ao nosso alcance, ficar e estar bem. Às vezes, não dá. Às vezes a avalanche interminável de cobranças por emprego/estudos/status social/relacionamento/bens móveis e imóveis e tudo o mais nos engole. Nos engole e não é possível nem ouvir nossos próprios pensamentos. Eu já critiquei jovens nem tão jovens assim que escutam músicas tristes, mas sabe, de certa forma eles estavam certos. A tristeza não é, isoladamente, ruim. Porque no meio dela, as coisas boas parecem brilhar com uma luminosidade diferente. A luz, no fim do túnel, te cega; mas, ao mesmo tempo, te dá aquela vontade louca de se arrastar, de rastejar, de ir aos trancos, de desatar a correr até alcançá-la. Seja qual for essa luz. Seja qual for esse fim. Seja qual for esse túnel. Não sei. Só sei que é bom estar de volta. “De volta à normalidade?”. Não, de volta à loucura. Senti saudades de ser feliz sem motivos!

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