sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Allan


E eis que eu me descubro sem paciência, sem saco, e percebo que se tivesse um gatilho, seria o momento certo para usá-lo. E ai de quem interferir, ou pensar em se atravessar.

O tédio e a passividade me consomem... Termino os dias por terminar, mas é como se cada noite que chega trouxesse uma carga extra de desilusões e preocupações que, todas as manhãs, eu inutilmente tento me desfazer.

Eu não aguento mais pessoas tentando resolver os meus problemas, tentando assumir o controle sobre a minha vida, tentando me dizer o que fazer e como agir em cada situação.

Quero, preciso, necessito e vou buscar, até onde o tempo e as minhas condições físicas e psíquicas me permitirem, o inesperado. A última coisa que eu quero no mundo é ter um amontoado de certezas descansando sobre o meu colo, açoitando a minha consciência, embora esteja o sorriso do certo/correto/imutável sobre os lábios, obviamente de fachada. Não quero ter certeza do que sinto, só quero poder sentir.

Não quero saber o que procuro, quero ter o poder de procurar, se eu quiser.

Certezas fraquejam... Pessoas mudam de ideia... E você fica só. Eu fico só. Fico só porque eu quero, sim, porque ter certeza me prende, me consome, me tira do sério, me irrita saber que esperam que eu aja deste ou daquele jeito. Me irrita saber como as pessoas vão reagir.

Não acho que eu deva algum - ou qualquer - tipo de explicação para qualquer pessoa e acho difícil que essa  postura se modifique algum dia.

Acho que eu ainda não aprendi a gostar de mim tanto quanto eu mereço. Mais um ponto no qual eu estou trabalhando.

2 comentários:

Mr Kaizer/Vincent/Tanaka disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
HarleyQueen42 disse...

"Não acho que eu deva algum - ou qualquer - tipo de explicação para qualquer pessoa e acho difícil que essa postura se modifique algum dia."